Lá vai eu com as minhas polêmicas.
Outro dia no consultório, uma paciente me pediu para passar uns exames para seu marido. Eu falei que era ginecologista e obstetra e não atendia homem. Mas ela cheia de argumentos disse assim, mas o senhor não é médico?
Eu pedi para olhar os exames, era uma lista de 41 exames que variavam entre os clínicos hematológicos, endocrinológicos, metabólicos, metais, elementos químicos e outros que eu nem conhecia. No final fui ver qual o médico que havia feito a solicitação e me deparei com um carimbo cuja especialidade era TRICOLOGIA. Não possuía CRM estampado no carimbo.
Consultei rapidamente o site do CRM e constatei que não era médica e respondo para a paciente que eu não poderia solicitar exames uma vez que não atendi o paciente e que ela então levasse ao plano de saúde e pedisse que realizassem.
Ela respondeu que já havia feito isso e que eles responderam que não realizavam exames solicitados por profissionais que não tivessem CRM.
Eu disse então que eu também não era um “pedidor” de exames e que não poderia atender o pedido dela.
Eu sugeri que procurasse um dermatologista para avaliar o problema do marido dela.
Resumo de tudo, fico impressionado com médicos que se submetem a se tornar um simples transcritor de exames cujos solicitantes nem médicos são.